Hoje tentei abstrair-me de ti. Tentei não pensar em ti num segundo que fosse. E consegui. Em certa parte. Não te vou mentir, estiveste sempre presente na minha cabeça durante o dia; não deixei de pensar em ti. Mas foi diferente do normal. Lembrei-me de ti e não chorei. Não permiti ao meu coração libertar qualquer lágrima, mesmo já estando pronta a sair. Não me deixei levar pelas emoções e pelas recordações. Fui forte, tanto quanto consegui. Mas agora voltei ao meu estado normal. Agora voltei a estar dentro das quatro paredes do meu quarto e já não consigo fingir a mim mesma uma falsa felicidade. Não me consigo iludir e muito menos consigo enganar o meu coração. Esperei ser forte o suficiente e disse a mim própria que não podia chorar nem mais uma lágrima. Mas percebi que os meus sentimentos são mais fortes que as minhas palavras. Não te posso negar isso. Fui fraca pela forma como me libertei quando estas quatro paredes me consumiram, fraca por ter deixado o meu coração apegar-se tanto ao teu, fraca por não ter tido a coragem que precisava para me desprender de ti, fui fraca por ainda hoje não ser capaz de me despegar das coisas que em tempos foram nossas, fui fraca simplesmente por me ter deixado apaixonar por ti desta maneira, tão apaixonante. E, mesmo assim, considero-me uma pessoa forte. Forte pela força que tenho tido para aguentar todos estes dias e todas estas noites de choro sem algum dia ter vacilado pelo amor que tenho por ti. Forte por ter pensado tantas vezes em desistir e nunca ter tido coragem para tal. E forte, pelo amor incondicional que ainda te tenho depois de tanto magoares o meu pobre coração. É assim. Quem ama, sofre, luta, ganha, perde, desiste, volta a tentar, chora, ri, desilude, é desiludido, mas quem ama também se cansa.
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